- Reino: Animalia
- Filo: Chordata
- Classe: Aves
- Ordem: Suliformes
- Família: Phalacrocoracidae Reichenbach, 1849.
- Espécie: P. brasilianus
- Nome inglês: Neotropic Cormorant
CARACTERÍSTICAS
Mede de 58 a 75 cm, seu peso é de 1,3 kg (macho). Plumagem
preta e pele amarelada ao redor do bico e olhos. Possui uma glândula uropigial, responsável pela
secreção de uma substância impermeabilizadora de suas penas, tornando-as mais
pesadas e com menos retenção de ar. Essa característica faz com que o biguá se
torne um mergulhador mais rápido do que os
demais pássaros, já que por ajudá-lo a livrar-se do ar durante o mergulho e
liberar a água ao vir à tona, faz que o pássaro não gaste energia
desnecessariamente batendo as patas, podendo alcançar uma velocidade de 3.8
m/s. Isso faz do biguá um predador de alta eficácia na captura de peixes.
HABITAT
Lagos,
grandes rios, estuários e também em todo o litoral.
HÁBITOS
São ótimos mergulhadores, realizando grandes mergulhos,
reúnem-se para pescarias coletivas e estratégicas. Todos nadam lado a lado no
mesmo sentido, bloqueando um canal ou uma enseada fluvial. Descansam pousando
na beira da água, sobre pedras, árvores, estacas. Esticam as asas como os
urubus. Não se afastam da costa para se aventurarem ao mar.
ALIMENTAÇÃO
Piscívoros, apanham frequentemente presas sem valor
comercial como, por exemplo, peixes providos de acúleos. O suco gástrico do
biguá é capaz de desagregar espinhas.
REPRODUÇÃO
Na época da reprodução, o
Biguá adquire penas brancas em torno da garganta e pequenos tufos, também
brancos, atrás da região auricular. A ave constrói ninhos sobre árvores em
matas alagadas e matas ciliares, às vezes entre colônias de garças. Os ovos são
pequeno, cobertos por uma casca branco-azulada e os filhotes apresentam cor de
fuligem.
Incubação em torno de 24 dias.
DISTRIBUIÇÃO
Apesar
de ser a única ave do grupo dos cormorões que ocorre no Brasil esta espécie se
faz presente em virtualmente todo o nosso território, em qualquer local onde
haja água e peixes. Do México a América do Sul. Também ocorrem em regiões da
Argentina e em alguns trechos da costa pacífica da América Latina.
LOCALIZAÇÃO
Rod MG
424 km 45, Zona rural, Sete Lagoas - MG.
CURIOSIDADES
Manifestações sonoras
O seu grito é "biguá", "oák". O coro de muitos indivíduos soa ao longo como o ruído de um motor.
Estado de Conservação
Não é uma espécie ameaçada
em virtude da ampla área em que estão distribuídas, no entanto a poluição tanto
em derramamentos de óleo, como as toxinas que ingerem de peixes em águas
contaminadas (por exemplo, Baía de Guanabara) são seus principais problemas.
Também são comuns acidentes com embarcações, redes de pesca, fios e linhas de
pipa. Outro fator que também colabora para o declínio de algumas populações é
desmatamento em algumas ilhas e mangue, onde antes eram pontos de nidificação
dos biguás.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3. LEAL, S. Guia de aves do Parque Municipal de
Maceió. Maceió, CE: POLIGRAF, 2010.
3. NISHIDA, S.M.; UIEDA, V.S. Que bichos moram no
Jardim Botânico do I.B? Botucatu, SP: UNESP, 2011.
4. SOUZA,
E.A. etall. Guia de Campo: Aves do Parque Nacional do Cabo Orange.2 ed.
Oiapoque, AP: ICMBio/Cemave, 2008.
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