- Reino: Animalia
- Filo: Chordata
- Classe: Aves
- Ordem:Strigiformes
- Família:Strigidae
- Gênero:Speotyto
- Espécie: A. cunicularia
- Nome em inglês: Burrowing Owl
CARACTERÍSTICAS
Popularmente conhecida como coruja buraqueira, Athene
cunicularia é uma das corujas mais comuns e conhecidas no Brasil. Possui plumagem cor de terra, às vezes, avermelhado. A
cabeça é redonda e os olhos estão dispostos lado a lado, num mesmo plano. As
sobrancelhas são brancas e os olhos amarelos. A fêmea costuma ser mais escura e menor que o macho. Ave de pequeno
porte, seu tamanho médio é de 23 cm. Ao contrário a maioria das corujas o macho é ligeiramente maior que a
fêmea e as fêmeas são normalmente mais escuras que os machos. São animais integrados aos ecossistemas naturais e a ambientes
antropizados.
HABITAT
É uma coruja adaptada a hábitos terrícolas em campos,
pastagens e gramados de áreas urbanas.
HÁBITOS
A coruja-buraqueira possui
este nome, pois vive em buracos cavados no solo. Embora seja capaz de cavar sua
própria cova, costuma reaproveitar buracos abandonados de tatus, cachorro de
pradaria e tocas de outros animais. Tem hábitos
diurnos e noturnos, mas é ativa, principalmente durante o crepúsculo, quando
faz uso de sua ótima audição. Tem o campo visual limitado, mas essa deficiência
é superada pela capacidade de girar a cabeça até 270 graus, o que ajuda na
focalização.
ALIMENTAÇÃO
Mostram grande habilidade na captura de presas como insetos e
pequenos roedores ocasionalmente, anfíbios e outras aves dos quais dependem
para sobreviver. Não têm papo e a formação de pelotas é uma necessidade vital
para estas aves. As partes não digeríveis dos animais consumidos não são defecadas
e sim regurgitadas.
REPRODUÇÃO
A
reprodução da coruja-buraqueira começa entre março ou abril. Fazem seus ninhos
em cupinzeiros, buracos de tatu e buracos na areia em regiões litorâneas,
costumando cavar túneis de até 2 metros e forrar o fundo com capim seco. O
casal se reveza, alarga o buraco, cava uma galeria horizontal usando os pés e o
bico e por fim forra a cavidade do ninho com capim seco. As covas possuem em
torno de 1,5 a 3 metros de profundidade e 30 a 90 centímetros de largura. Ao
redor acumula estrume e se alimenta dos insetos atraídos pelo cheiro. Botam, em
média de 6 a 11 ovos; o número mais comum é de 7 a 9 ovos. A incubação dura de
28 a 30 dias e é executada somente pela fêmea.
DISTRIBUIÇÃO
Ocorre
do Canadá à Terra do Fogo, bem como em quase todo o Brasil com exceção da bacia
Amazônica. Já existem registros comprovando a ocorrência da coruja buraqueira
(Athene cunicularia) em todos os Estados brasileiros, incluindo a bacia
Amazônica.
CURIOSIDADES
- Possui uma visão 100 vezes mais penetrante que
a visão humana e uma ótima audição. Para enxergar alguma coisa ao seu lado ela
tem que virar a cabeça, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado e
num mesmo plano.
- A vocalização: O seu chamado assemelha-se a
“uhú uhú”, é associado como defesa de território, e é frequentemente
determinado por machos adulto para atrair uma fêmea, a uma cova promissora.
Eles também fazem outros sons que são descritos como pancadas e gritos. Quando
as buraqueiras emitem esses sons normalmente estão movimentando a cabeça, para
baixo e para cima. Os filhotes também emitem sons, quando perturbados produzem
um som que lembra que o de uma cascavel, espantando assim os predadores.
REFERÊNCIAS
1. Aves de Rapina do Brasil.
http://www.avesderapinabrasil.com/cathartes_aura.htm.
Acesso em: 03 de maio de 2013.
1. LEAL, S. Guia de aves do Parque Municipal de
Maceió. Maceió, CE: POLIGRAF, 2010.
2. NISHIDA, S.M.; UIEDA, V.S. Que bichos moram no
Jardim Botânico do I.B? Botucatu, SP: UNESP, 2011.
3. SOUZA,
E.A. etall. Guia de Campo: Aves do Parque Nacional do Cabo Orange.2 ed.
Oiapoque, AP: ICMBio/Cemave, 2008.
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