quinta-feira, 20 de junho de 2013

Crotophaga ani (Anu-preto)





  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Aves
  • Ordem: Cuculiformes Wagler, 1830.
  • Subfamília: Cropophaginae Swainson, 1837.
  • Espécie: C. ani Linnaeus, 1758.
  • Nome em Inglês: Smooth-billed Ani

CARACTERÍSTICAS

Mede 36 cm. Corpo franzino, preto uniforme, de bico surpreendemente alto, forte e curto. Cauda comprida e graduada. Sexo sempre semelhante. O Anu Preto, apesar de formar casais, vive sempre em bandos, ocupando territórios coletivos durante todo o ano. São aves extremamente sociáveis. Tem grande habilidade em pular e correr pela ramagem. O cheiro do corpo é forte e característico, perceptível para nós a vários metros e capaz de atrair morcegos hematófagos e animais carnívoros.

HÁBITAT

Vive nas paisagens abertas com moitas e capões entre pastos e jardins; ao longo das rodovias costuma ser quase à única que sempre se vê, como habitante mais comum de lavouras abandonadas. Prefere lugares úmidos. Voador fraco mal resiste à brisa, qualquer vento mais forte o leva para longe.

HÁBITOS

Gostam de apanhar sol e banhar-se na poeira, ficando a plumagem às vezes fortemente tingida com a cor da terra do local ou de cinza e carvão, sobretudo se eles correrem antes pelo capim molhado, pois suas penas se tornam pegajosas. Pela manhã e após as chuvas pousam de asas abertas para enxugarem-se. À noite para se esquentar juntam-se em filas apertadas ou aglomeram-se em bandos desordenados; acontece de um correr sobre as costas dos outros, que formam a fila, para forçar a sua penetração entre os companheiros. Procuram moitas de taquara para pernoitar. Arrumam as suas plumagens reciprocamente.

ALIMENTAÇÃO

São essencialmente carnívoros, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes etc. Predam também lagartas, lagartixas e camundongos. Pescam na água rasa, periodicamente comem frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca quando há escassez de artrópodes. O Anu Preto alimenta-se, sobretudo de ortópteros (gafanhotos) que apanha acompanhando o gado. Quando não há gado no pasto executa, às vezes, caçadas coletivas no campo, o bando espalha-se no chão, em um semicírculo, ficando afastados uns dos outros por dois ou três metros. Permanecem assim imóveis e atentos e quando aparece um inseto, a ave mais próxima salta e o apanha. Pousam sobre o dorso dos bois geralmente para ampliar seu campo visual. Às vezes apanha insetos em pleno voo, capturando também pequenas cobras e rãs. Seguem tratores que aram os campos.

REPRODUÇÃO

Os ovos das fêmeas do Anu Preto perfazem 14% do peso de seu corpo. É de cor azul-esverdeada, coberto por uma crosta calcária, raspada sucessivamente pelo processo de virar os ovos durante a incubação. A incubação é curta, dura de 13 a 16 dias. Costuma trazer comida quando visita a fêmea no ninho. O macho dança em torno da fêmea no solo. As fêmeas, embora possuam ninhos individuais, se associam mais frequentemente a um ou dois casais do seu bando para construir ninho coletivo, pôr ovos e criar a prole juntas, tendo a cooperação de machos e filhotes crescidos de posturas anteriores. Seus ninhos são grandes e profundos. Pode acontecer de um ninho ser ocupado por 6 ou 10 aves, e conter 10, 20 e até mais ovos. A postura de uma fêmea é calculada em 4 a 7 ovos. Quando os ninhos são abandonados, às vezes são aproveitados por outros pássaros, cobras e por pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais. Os filhotes deixam o ninho antes de poder voar, com a cauda curta, e são alimentados ainda durante algumas semanas.

DISTRIBUIÇÃO

Ocorre da Flórida à Argentina e em todo o Brasil.

LOCALIZAÇÃO
Rod MG 424 km 45, Zona rural, Sete Lagoas - MG.

VÍDEO

CURIOSIDADES

Manifestações sonoras

O anu-preto possui mais de uma dúzia de vozes diferentes. Tem dois pios de alarme: a um certo grito todos os componentes do bando se empoleiram em pontos bem visíveis, examinando a situação; outro grito, emitido quando um gavião se aproxima, faz desaparecer num instante no matagal todo o grupo. Eles se divertem cavaqueando baixinho, de modo bem variado, causando às vezes a impressão de estar tentando imitar a voz de outra ave.
REFERÊNCIAS

1. www.faunacps.cnpm.embrapa.br. Acesso em 25 de abril de 2013 às 12hs.

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