quinta-feira, 20 de junho de 2013

AVES

As aves pertencem ao Reino Animalia, Filo Chordata e Subfilo Vertebrata, e Classe Aves. Devido à sua capacidade de adaptação, espalharam-se por todo o mundo. Apesar de serem descendentes dos répteis, conseguiram conquistar os ares. As suas características morfológicas, anatómicas e biológicas estão ligadas a essa capacidade de voar.
Características:
  • O seu corpo é aerodinâmico oferecendo pouca resistência ao ar favorecendo o voo;
  • Têm músculos fortes;
  • Os olhos são de grande importância e a sua posição varia de uma posição lateral até uma posição frontal do crânio. Devido à posição dos olhos e à capacidade de virar a cabeça mais de um semicírculo para cada lado, as aves têm um campo visual mais extenso do que o mamíferos;
  • Apresentam um órgão especial a siringe, na base da traquéia, adaptada ao canto;
  • Têm o corpo coberto por penas, que protegem o corpo da perda de calor e auxiliam o vôo;
  • São homeotérmicos;
  • Possuem bico córneo, sem dentes que pode variar de forma e de tamanho conforme a espécie, sendo estas adaptações ao tipo de alimentação;
  • Escamas nas pernas e nos pés (heranças deixadas pelos répteis);
  • Têm dois pares de membros anteriores, as asas e posteriores, as pernas ou patas;
  • Têm ossos pneumáticos, que facilitam o vôo;
  • O esterno é modificado em quilha, facilitando o corte do ar e fixando a musculatura peitoral;
  • Respiração pulmonar, possuem sacos aéreos;
  • O sistema circulatório é composto de coração e vasos sanguíneos. O coração tem quatro cavidades no coração, o sangue venoso não se mistura ao sangue arterial;
  • O seu sistema digestivo é completo, composto: boca, faringe, esôfago, papo, estômago químico (proventrículo), estômago mecânico (moela), intestino, cloaca e órgãos anexos como o fígado e o pâncreas;
  • Não têm bexiga urinária, mas seu sistema urinário é composto pelos rins e ureteres, por este motivo elas não conseguem acumular a urina, que se mistura com as fezes e é eliminada pela cloaca, como uma secreção semi-sólida;
  • Apresentam dimorfismo sexual, isto é, o macho e a fêmea são muito diferentes;
  • São ovíparas. Os ovos apresentam âmnio, córion, saco vitelino e alantoide;
  • Têm a audição e a visão muito desenvolvidas;
  • Seu cerebelo é bastante desenvolvido, pois este órgão está relacionado ao equilíbrio durante o vôo. São capazes de voar longas distâncias e retornar ao ponto de partida. 

Tyrannus melancholicus (Suiriri)




  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Aves
  • Ordem: Passeriformes
  • Família: Tyrannidae
  • Espécie: T. melancholicus
  • Nome em Inglês:Tropical Kingbird

CARACTERÍSTICAS
Tem 21,5 centímetros de altura e entre 36 e 42 gramas de peso.
HABITAT
É encontrado em ambientes arborizados, inclusive nas cidades. Pousa em fios, na ponta de pinheiros ou em galhos altos, de onde alça voo para capturar insetos no ar.
HÁBITOS
É um dos vários representantes da família dos tiranídeos que desaparece da paisagem do sul do Brasil no outono (abril) e reaparece na primavera (outubro). Em Minas Gerais ele é comum e aparece em meados de agosto, desaparecendo no fim do verão. Em suas migrações, busca regiões de clima ameno, mais perto do Equador, fugindo do inverno sulino. É territorialista. E bastante agressivo com passáros da mesma e de outra espécie, principalmente em época de acasalamento.Com alguma arborização pode adaptar-se inclusive a grandes centros urbanos.
ALIMENTAÇÃO
Onívoro, alimentando-se de insetos como grilos, besouros, libélulas, aranhas. E também frutos.
REPRODUÇÃO
Constrói seu ninho em forma de taça, onde são postos de 2 a 3 ovos branco-amarelados salpicados com pintas marrom-avermelhadas.
DISTRIBUIÇÃO
Ocorre em todo o Brasil e desde os Estados Unidos à quase toda a América do Sul.
LOCALIZAÇÃO
Rua Dr Afonsinho. Bairro Bom Jardim. Sete Lagoas. Minas Gerais.
CURIOSIDADES
O suiriri é valente na defesa de seu território, cujo centro é a árvore com o ninho. Quando algo se aproxima da árvore, ele pula de galho em galho, como se estivesse controlando os passos do invasor, sempre olhando e gritando o seu estridente "sri-sri-sri-it". Este canto, frequentemente emitido na madrugada, também pode ser escutado durante o dia.
REFERÊNCIAS
1. ANDRADE, M. A. Aves Silvestres: Minas Gerais. Belo Horizonte: Conselho Internacional para Preservação das Aves, p. 124, 1997.
2. SICK, H. Ornitologia Brasileira, uma Introdução. 2ed, Brasília: Universidade de Brasília, p. 592, 1986.
3. http://www.biodiversidade.cnpm.embrapa.br/conteudo/aves, acessado em 10 de abril de 2013, às 16h30min.
4. LEAL, S. Guia de aves do Parque Municipal de Maceió. Maceió, CE: POLIGRAF, 2010.
5. NISHIDA, S.M.; UIEDA, V.S. Que bichos moram no Jardim Botânico do I.B? Botucatu, SP: UNESP, 2011.
6. SOUZA, E.A. etall. Guia de Campo: Aves do Parque Nacional do Cabo Orange.2 ed. Oiapoque, AP: ICMBio/Cemave, 2008.




Columba livia (Pombo-doméstico)





  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe:  Aves
  • Ordem: Columbiformes
  • Família: Columbidae
  • Especie: C. livia Gmelin, 1789

CARACTERÍSTICAS
Foram introduzidos no Brasil no século XVI, como animais de estimação e aves domésticas. Adaptaram-se bem às cidades em razão da disponibilidade de alimentos e abrigos. Esses animais possuem aproximadamente 35 cm de comprimento; bico fino, curto e avermelhado e coloração que varia entre a cor branca e preta.
HÁBITOS
Os pombos domésticos habitam cúpulas, ornamentos arquitectonicos, e outros, o que lhes permite empoleirar, descansar e/ou construir os ninhos. Não constroem o típico ninho de aves, em vez disso, os seus ninhos consistem em varetas, ramos e ervas.
ALIMENTAÇÃO
A alimentação de pombos adultos campestres constitui-se basicamente de grãos integrais, já os que vivem nas cidades, acabam ingerindo restos de alimento encontrados no chão, inclusive resíduos, muitas vezes contaminados.
REPRODUÇÃO
Constroem seus ninhos em locais protegidos contra chuvas e ventos fortes, tais como vigas de telhados, parapeitos de janelas e galpões. O casal incuba os 2 ovos brancos, durante 17 ou 18 dias e alimenta os filhotes com o “leite-do-papo”, como os demais columbídeos. Á medida que o filhote cresce, sementes e outros alimentos são adicionados à dieta. Durante o ano, efetuam várias posturas. Durante o cortejo, o macho faz reverências diante da fêmea.
DISTRIBUIÇÃO
A distribuição mundial da espécie nominal original é difícil de determinar pela sua longa história de domesticação e pelas populações ferais assim criadas. Considerando as formas feral e selvagem, actualmente a espécie apresenta uma distribuição vasta, que inclui todos os continentes, com exceção da Antártida. As populações selvagens ocorrem numa área bastante mais reduzida, estando praticamente ausentes na América do Sul e do Norte, na parte sul de África, no Norte da Europa e da Ásia e em toda a Austrália.
CURIOSIDADES
Competição com espécies nativas por alimento e veiculação de doenças.Utilizam áreas urbanas ou antropizadas. O controle populacional deste columbídeo e de outros vertebrados tidos como pragas, inclusive os ratos, pode ser realizado atualmente cpelo método menos brutal de administração de anticoncepciomais; tornam-se estéreis até mesmo filhotes "aleitados” por pais medicamentados.
REFERÊNCIAS
1. RIBEIRO, M.; TELES M.; MARUCH, S.; Morphological aspects of the ovary of Columba livia (Gmelin). Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, v. 12, n. 1, p. 151-157, 1995.
2. LEAL, S. Guia de aves do Parque Municipal de Maceió. Maceió, CE: POLIGRAF, 2010.
3. NISHIDA, S.M.; UIEDA, V.S. Que bichos moram no Jardim Botânico do I.B? Botucatu, SP: UNESP, 2011.
4. SOUZA, E.A. etall. Guia de Campo: Aves do Parque Nacional do Cabo Orange.2 ed. Oiapoque, AP: ICMBio/Cemave, 2008.



Furnarius rufus (João-de-barro)





  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Aves
  • Ordem: Passeriformes
  • Família: Furnariidae Gray, 1840
  • Espécie: F. rufus Gmelin,1788
  • Nome em inglês: Rufous Hornero

CARACTERÍSTICAS
O tamanho é um pouco menor do que o do sabiá. Na parte superior do corpo ele possui cor de ferrugem acanelada, na parte inferior, tem coloração marrom clara e sua cauda tem uma tonalidade avermelhada. É uma ave conhecida por não ser tímida, pois se aproxima do homem sem medo e canta como se soubesse que está sendo observada e admirada.
HABITAT
Paisagens abertas como campos, pastagens e áreas urbanas.
HÁBITOS
Caminha pelo chão em busca de insetos, frequentemente pousando em postes, cercas, galhos isolados e outros pontos que permitam uma boa visão dos arredores. Vive geralmente aos casais. Canto em dueto extremamente estridente nos arredores do ninho em postura altiva e tremulando as asas.
ALIMENTAÇÃO
É uma ave que revira as folhas, buscando cupins, formigas ou içás no solo ou troncos caídos. Alimentam-se também de outros invertebrados, como minhocas e possivelmente moluscos. Por ser uma ave de hábitos urbanos, aproveita restos alimentares humanos.
REPRODUÇÃO
O casal de joão-de-barro canta junto e emite um grito bem forte. Seu canto tem uma sequência rítmica que lembra um canto festivo, este canto é emitido de forma crescente e decrescente. A fêmea deste pássaro põe de 3 a 4 ovos brancos a cada 4 meses. O processo de incubação dura de 14 a 18 dias. Os filhotes são alimentados durante um período que oscila entre 23 e 26 dias, depois disso, já estão prontos para voar e partir.
DISTRIBUIÇÃO
Encontra-se desde Minas Gerais e Mato Grosso até a Argentina.
LOCALIZAÇÃO
Rod MG 424 km 45, Zona rural, Sete Lagoas - MG.
CURIOSIDADES
É um excelente arquiteto, aprende a identificar a direção do vento ao longo de sua vida. Na época de reprodução, o pássaro constrói seu ninho na direção contrária ao vento para que a fêmea e os filhotes fiquem protegidos da chuva e das ventanias, leva de 3 a 5 dias para fazer sua casa, usando barro úmido, palha e esterco seco, chegando a realizar de 500 a 2000 viagens, para carregar o material necessário. Sua casa tem dois cômodos: a câmara incubadora e a antecâmara, parecida com um forno. Não utiliza o mesmo ninho por duas estações seguidas, parecendo realizar um rodízio entre dois a três ninhos, reparando ninhos velhos semidestruídos. Quando não há mais espaço para a construção de novos ninhos, o pássaro o constrói acima ou ao lado do velho.
REFERÊNCIAS
1. SICK, H. Ornitologia Brasileira, uma Introdução. 2ed, Brasília: Universidade de Brasília, p. 592, 1986.
2. LEAL, S. Guia de aves do Parque Municipal de Maceió. Maceió, CE: POLIGRAF, 2010.
3. NISHIDA, S.M.; UIEDA, V.S. Que bichos moram no Jardim Botânico do I.B? Botucatu, SP: UNESP, 2011.
4. SOUZA, E.A. etall. Guia de Campo: Aves do Parque Nacional do Cabo Orange.2 ed. Oiapoque, AP: ICMBio/Cemave, 2008.
5. Site: http://www.jornallivre.com.br/212688/qual-a-caracteristica-do-joao-de-barro.html, acessado em 03 de maio de 2013, ás 17h04min

Vanellus chilensis (quero-quero)






  • Reino: Animalia
  • Filo:Chordata
  • Classe: Aves
  • Ordem: Charadriiformes
  • Família: Charadriidae
  • Género: Vanellus
  • Espécie: V. chilensis Molina, 1782

CARACTERÍSTICAS
Mede 37 cm, peso 277 g. Possui um esporão pontudo, ósseo, com 1 cm de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao peito e ainda umas penas longas (penhacho)  na região posterior da cabeça, tem um desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o vôo. Sexos semelhantes.
HABITAT
Vive em banhados e pastagens; é visto em estradas, freqüentemente longe d'água.
HABITOS
Adota às vezes tática de pescar semelhante à de certas garças, espantando          larvas de insetos e peixinhos ocultos na lama mexendo rapidamente o pé.
ALIMENTAÇÃO
Larvas de insetos, peixinhos ocultos na lama, insetos, pequenos crustáceos, moluscos e outros artrópodes que encontra na terra.
REPRODUÇÃO
Na primavera, a fêmea põe normalmente de três a quatro ovos. Nidificam em uma cavidade esgravatada no solo; os ovos têm formato de pião ou pêra, forma adequada para rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo manchados, confundindo-se perfeitamente com o solo. Quando os adultos são espantados do ninho finge-se de feridos a fim de desviar dali o inimigo; o macho torna-se agressivo até mesmo a um homem.Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após o descascamento do ovo.
DISTRIBUIÇÃO
Ocorre da América Central até a Terra do Fogo e em todo o Brasil.
LOCALIZAÇÃO
Rod MG 424 km 45, Zona rural, Sete Lagoas - MG.
CURIOSIDADES
É muito estimado pelos fazendeiros, por ser o "vigia" das fazendas, funciona como sentinela dos lugares onde habita, alertando para qualquer alteração na sua área. Qualquer barulho ou intruso é logo denunciado pela gritaria.É uma ave muito popular no Brasil.
REFERÊNCIAS
1. Site: http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/sabiacam.html, acessado em 03 de maio de 2013, às 16h35min.
2. SICK, H. Ornitologia Brasileira, uma Introdução. 2ed, Brasília: Universidade de Brasília, p. 592, 1986.



Emberizoides herbicola (Canário-do-campo)







  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Aves
  • Ordem: Passeriformes
  • Família Emberizidae Vigors, 1825
  • Espécie: E. herbicola Vieillot,1817

CARACTERÍSTICAS

Tamanho: mede de 18 a 20 centímetros de comprimento, pesa de 27 a 30 gramas. Muito parecido com o canário-do-brejo, só que maior.O canário-do-campo tem 20 centímetros e pesa 30 gramas, tem uma longa cauda graduada, que equivale a mais da metade do seu corpo. A cabeça, dorso e asas são listrados de preto. A face próximo aos olhos é acinzentada. Para cantar, o macho pousa em locais expostos, onde o forte riscado negro das costas destaca-se, bem como o bico, pontudo e amarelado com o bordo superior negro. À frente do olho, um pequeno semicírculo claro pode auxiliar na identificação, dependendo da luz. Partes inferiores cinza claro (amareladas no juvenil, em cujo bico falta o tom amarelo dos adultos). As pernas são amarelas ou rosadas e o ventre é pardo-esbranquiçado.
HABITAT
Seu habitat natural é o cerrado ou a savana seca tropical o subtropical das terras baixas, com pastagens sazonalmente húmidos, com gramíneas, árvores esparsas e arbustos, principalmente onde a grama é alta e não está desgastada ou queimada.
HABITOS
Vive solitário ou em casais, sem associar-se a outras espécies. Sempre alerta e assustado, à menor ameaça voa para um local aberto e emite piados curtos, quase metálicos, de alarme. 
ALIMENTAÇÃO
Caça insetos e, provavelmente, sementes no chão ou no meio dos talos das gramíneas, ficando invisível, apesar do tamanho relativamente grande.
REPRODUÇÃO
Extremamente fiéis a um território, que o macho defende energicamente contra a aproximação de outros machos da espécie. Além disso, o macho costuma vibrar as asas e move a longa cauda para cima e para os lados. Tem em média 2 ninhadas por estação com 3 ovos cada uma.
DISTRIBUIÇÃO
No Brasil, já foi registrado do Nordeste até o Mato Grosso e Rio Grando do sul. No exterior na Bolívia, Argentina e Paraguai.
CURIOSIDADES
Seu canto, entre setembro e novembro, é o chamado do macho, dividido em duas partes. Na primeira, o som lembra uma pergunta, seguida de uma pausa. Logo depois ele emite mais duas sílabas, quase em resposta à inicial. Geralmente fica assim, cantando minutos a fio. Seu canto é considerado bastante triste.
LOCALIZAÇÃO
Rod MG 424 km 45, Zona rural, Sete Lagoas - MG.
REFERÊNCIAS
1.Site: http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/sabiacam.html, acessado em 03 de maio de 2013, às 16h35min.

2. SICK, H. Ornitologia Brasileira, uma Introdução. 2ed, Brasília: Universidade de Brasília, p. 592, 1986.

Athene cunicularia (Coruja-buraqueira)








  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Aves
  • Ordem:Strigiformes
  • Família:Strigidae
  • Gênero:Speotyto
  • Espécie: A. cunicularia
  • Nome em inglês: Burrowing Owl

CARACTERÍSTICAS
Popularmente conhecida como coruja buraqueira, Athene cunicularia é uma das corujas mais comuns e conhecidas no Brasil. Possui plumagem cor de terra, às vezes, avermelhado. A cabeça é redonda e os olhos estão dispostos lado a lado, num mesmo plano. As sobrancelhas são brancas e os olhos amarelos. A fêmea costuma ser mais escura e menor que o macho. Ave de pequeno porte, seu tamanho médio é de 23 cm. Ao contrário a maioria das corujas o macho é ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas são normalmente mais escuras que os machos. São animais integrados aos ecossistemas naturais e a ambientes antropizados. 
HABITAT
É uma coruja adaptada a hábitos terrícolas em campos, pastagens e gramados de áreas urbanas. 
HÁBITOS
A coruja-buraqueira possui este nome, pois vive em buracos cavados no solo. Embora seja capaz de cavar sua própria cova, costuma reaproveitar buracos abandonados de tatus, cachorro de pradaria e tocas de outros animais. Tem hábitos diurnos e noturnos, mas é ativa, principalmente durante o crepúsculo, quando faz uso de sua ótima audição. Tem o campo visual limitado, mas essa deficiência é superada pela capacidade de girar a cabeça até 270 graus, o que ajuda na focalização. 
ALIMENTAÇÃO
Mostram grande habilidade na captura de presas como insetos e pequenos roedores ocasionalmente, anfíbios e outras aves dos quais dependem para sobreviver. Não têm papo e a formação de pelotas é uma necessidade vital para estas aves. As partes não digeríveis dos animais consumidos não são defecadas e sim regurgitadas.
REPRODUÇÃO
A reprodução da coruja-buraqueira começa entre março ou abril. Fazem seus ninhos em cupinzeiros, buracos de tatu e buracos na areia em regiões litorâneas, costumando cavar túneis de até 2 metros e forrar o fundo com capim seco. O casal se reveza, alarga o buraco, cava uma galeria horizontal usando os pés e o bico e por fim forra a cavidade do ninho com capim seco. As covas possuem em torno de 1,5 a 3 metros de profundidade e 30 a 90 centímetros de largura. Ao redor acumula estrume e se alimenta dos insetos atraídos pelo cheiro. Botam, em média de 6 a 11 ovos; o número mais comum é de 7 a 9 ovos. A incubação dura de 28 a 30 dias e é executada somente pela fêmea.
DISTRIBUIÇÃO
Ocorre do Canadá à Terra do Fogo, bem como em quase todo o Brasil com exceção da bacia Amazônica. Já existem registros comprovando a ocorrência da coruja buraqueira (Athene cunicularia) em todos os Estados brasileiros, incluindo a bacia Amazônica.

CURIOSIDADES

  • Possui uma visão 100 vezes mais penetrante que a visão humana e uma ótima audição. Para enxergar alguma coisa ao seu lado ela tem que virar a cabeça, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado e num mesmo plano. 
  • A vocalização: O seu chamado assemelha-se a “uhú uhú”, é associado como defesa de território, e é frequentemente determinado por machos adulto para atrair uma fêmea, a uma cova promissora. Eles também fazem outros sons que são descritos como pancadas e gritos. Quando as buraqueiras emitem esses sons normalmente estão movimentando a cabeça, para baixo e para cima. Os filhotes também emitem sons, quando perturbados produzem um som que lembra que o de uma cascavel, espantando assim os predadores.

REFERÊNCIAS
1. Aves de Rapina do Brasil. http://www.avesderapinabrasil.com/cathartes_aura.htm. Acesso em: 03 de maio de 2013.
1. LEAL, S. Guia de aves do Parque Municipal de Maceió. Maceió, CE: POLIGRAF, 2010.
2. NISHIDA, S.M.; UIEDA, V.S. Que bichos moram no Jardim Botânico do I.B? Botucatu, SP: UNESP, 2011.
3. SOUZA, E.A. etall. Guia de Campo: Aves do Parque Nacional do Cabo Orange.2 ed. Oiapoque, AP: ICMBio/Cemave, 2008.


Mimus saturninus (Sabiá do campo)





  • Reino: Animalia
  • Filo:Chordata
  • Classe: Aves
  • Ordem: Passeriformes
  • Família: Mimidae
  • Género: Mimus
  • Espécie: M. saturninus Lichtenstein, 1823

CARACTERÍSTICAS
Mede 26 cm. e, seu peso é de 73 g. Possui uma coloração cinzenta no dorso, alto da cabeça, asas e cauda. O peito e o ventre são de um branco amarelado ou arroxeado pela terra, íris às vezes amarela. É mais bem identificado pelas sobrancelhas branca proeminente e cauda comprida com as pontas de cor branca.
HABITAT
São campestres, vivendo em regiões semiáridas e em geral prefere habitar campos abertos com árvores esparsas e vegetação arbustiva. É comum nas capoeiras, no cerrado ralo e nos campos de pastagens das fazendas. Pode ser observado também nas montanhas e nos buritizais.
HÁBITOS
Movimentam-se em largos saltos ou correm pelo chão. Pode pousar na ramagem apoiando-se em dois galhos vizinhos, demonstrando agilidade incomum. Destaca-se o modo dessas aves de se aprumarem e esticarem o pescoço, escrutando os arredores, enquanto se escondem deixando exposta apenas a cabeça. Voam muito bem. A cauda indica qualquer emoção, sendo fortemente arrebitada, daí conhecido também com o  nome de "arrebita-rabo".
ALIMENTAÇÃO
Onívoros, comem tanto insetos e aranhas como frutinhas e sementes. Colhem o alimento de preferência no solo. Ocasionalmente predam ninhos com ovos de outros pássaros.
REPRODUÇÃO
O ninho é uma tijela rasa, confeccionada grosseiramente na copa de uma árvore no campo, sendo visível de longe; gostam de construir sobre um ninho velho, inclusive de outra ave; o centro do ninho é forrado com material macio. Os ovos são esverdeados com manchas cor de ferrugem. A fêmea põe de 3 a 4 ovos. Os filhotes saem do ovo após 12 ou 14 dias, abandonando o ninho  com 11 a 14 dias. O interior da boca dos filhotes é amarelo-laranja.
DISTRIBUIÇÃO
Regiões campestres do baixo Amazonas, através do Brasil central, Nordeste, Leste e Sul até o Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia.
LOCALIZAÇÃO
Rua Dr Afonsinho. Bairro Bom Jardim. Sete Lagoas. Minas Gerais.
CURIOSIDADES
A vocalização desta espécie é notável pela maestria com que imitam os cantos e chamados de outras aves, mas sem grande perfeição. Voz: agudo e penetrnate “tschrip”, “tschik” (chamada característica da espécie); scha-scha-scha”, "krrrra" bufando (advertência, zanga).
REFERÊNCIAS
1. SICK, H. Ornitologia Brasileira, uma Introdução. 2ed, Brasília: Universidade de Brasília, p. 592, 1986.
2. Site: http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/sabiacam.html, acessado em 03 de maio de 2013, às 16h35min.